Mansão Rurik – Ala médica
03h41 da madrugada
O quarto estava silencioso, exceto pelo leve zumbido dos monitores médicos que acompanhavam os sinais de Susan. Carla, com olheiras profundas e um semblante cansado, não arredara o pé desde que trouxeram a amiga desacordada. Sentada ao lado da cama, segurava a mão enfaixada de Susan com delicadeza, como se sua presença bastasse para mantê-la ancorada à vida.
De repente, Susan puxou o ar com força, como alguém emergindo de um mergulho prolongado. Seus olhos verdes se abriram num rompante, arregalados, confusos, mas vivos. Intensamente vivos.
Carla arfou, emocionada, deixando escapar um sussurro aliviado:
— Meu Deus... Susan?
Ela se inclinou imediatamente, tocando o rosto da amiga.
— Ei, calma, calma... Tá tudo bem. Você está segura. Você voltou pra gente.
Susan piscou várias vezes, como se tentando entender onde estava. A lembrança da voz sussurrada ainda ecoava em sua mente:
"Ainda não é o momento."
Ela olhou para a mão enfaixada, depois p