Dmitry sentia os sentidos aguçados.
Conseguia ouvir a pulsação dela. Acelerada, sutil, descompassada como se algo dentro dela também tivesse despertado. A respiração de Susan mudou, quase imperceptível. Um suspiro contido. Um convite involuntário.
O aroma que exalava de sua pele, uma mistura suave de flor e calor, invadiu seus pulmões como um veneno lento. Dmitry sentiu a vontade crua, quase insana, de puxá-la contra si, de marcar o contorno do corpo dela com as próprias mãos.
A pele dela parecia chamá-lo. Como se o toque fosse inevitável. Como se o destino estivesse ali, na palma da mão que ele ainda não ousava mover.
Mas não o fez. Conseguiu se conter.
O silêncio entre eles se prolongou. Susan, sentindo a mudança no ar, franziu a testa e o olhou com cautela.
— Senhor Rurik? — Sua voz saiu baixa, hesitante, quase como se temesse a intensidade que via nos olhos dele.
"Diga a ela. Diga que ela é nossa."
A voz do Lycan soou em sua mente como um rugido abafado, reverberando em seus osso