A manhã mal tinha se instalado em Moscou, mas o céu já parecia pesar sobre os ombros de Dmitry. O escritório estava mergulhado em silêncio, exceto pelo leve zumbido do sistema de segurança e o som das páginas de um relatório sendo ignoradas em cima da mesa.
Ele estava ali há horas. Fingindo trabalhar. Fingindo normalidade. Mas tudo dentro dele… Gritava.
Sentado na poltrona de couro escuro, os olhos fixos no vazio, Dmitry apertava os punhos com força, sentindo a própria respiração oscilar. O laço com Susan ainda estava ali, quente, pulsante, instável.
Algo estava errado. Quebrado.
“Ela me sente... Mas se afasta. O vínculo está incompleto.”
— Por quê? — Ele murmurou, os olhos se estreitando. — Por que não se alinha?
“Porque ela está em conflito…”
A voz da fera soou áspera, irritada, como o rosnar abafado antes do ataque.
“Mas eu não tô! Eu a quero. Agora. Pra sempre. Porra!”
O Lycan rugiu dentro dele, em agonia.
“Ela não nos rejeita... Mas também não se entrega. Tá fugindo! De mim! De