Natália mantinha a taça de champanhe entre os dedos como se ela fosse uma extensão de si mesma. Firme, delicada, perfeitamente controlada. Mas por dentro, sua mente era um campo de batalha em chamas.
O elixir não surtiu efeito.
Dmitry sequer a olhara durante todo o maldito evento. Nenhuma palavra. Nenhum toque. Nem mesmo aquela atenção cortês e fria à qual se acostumara.
Nada.
Era como se ela tivesse se tornado invisível.
O vestido borgonha que usava abraçava suas curvas como uma segunda pele, escolhido meticulosamente para fazê-lo olhar. Para provocar. Para relembrá-lo do que era dele. Usara até um perfume que ele sempre elogiava. Mas agora... Tudo cheirava a derrota.
— Senhora, não pude me aproximar muito… — Dissera Yelena, a guarda-costas que sempre falava com neutralidade cirúrgica. — Mas vi o Alfa levando a humana para os jardins. E depois… Bem, o cheiro de excitação dos dois era evidente.
A taça tremeu levemente em sua mão, mas Natália não permitiu que caísse. O controle era sua