Mansão Rurik – Ala central – Sala de reuniões privadas dos Alfas
As janelas da sala de reuniões estavam cobertas por uma leve camada de gelo, mesmo com o calor controlado dentro da mansão. A neve lá fora caía com a constância de um presságio antigo. Dmitry permanecia de pé, junto à lareira acesa, observando as chamas com uma expressão cerrada.
A mão esquerda tremia levemente, não de frio, mas de algo mais visceral. Desde o retorno do Vale de Zimorodok, o Lycan dentro dele não havia silenciado.
Estava desperto. Alerta. Furioso. A fusão entre homem e fera já era plena, e Dmitry sentia tudo com a nitidez de uma segunda alma colada à sua, sussurrando instintos como comandos divinos.
“Ela está sendo caçada. Nossa Deusa. Ninguém vai tocá-la. Ninguém vai sobreviver por tentar.”
Quando o mordomo anunciou a chegada de Fidor Kovalenko, Dmitry não hesitou. Autorizou a entrada com um aceno seco, embora soubesse que a presença do Alfa rival nunca fosse mero protocolo.
Fidor entrou sem formalidade