A voz de Susan ecoou como uma lâmina fina, cortando o ritual em duas metades: o que havia sido planejado… E o que estava prestes a acontecer.
Por um instante, o tempo congelou. Nenhum Oráculo respondeu. Nenhum ancião se moveu. Nem mesmo o vento ousou interferir.
O sangue Lycan do Alfa rugia, mas não com a fúria típica, e sim com um medo primitivo, inconsciente, ancestral. Porque o Lycan dentro dele sabia o que ela era. E mesmo sendo Alfa, mesmo sendo predador, Dmitry estava diante de algo que não podia dominar.
E ele sabia. Ela não pedia submissão. Ela pedia fidelidade em sua forma mais crua: uma alma fundida à outra, através da morte e do renascimento.
Dmitry deu um passo à frente. Seus olhos azuis, até então frios como aço, ardiam agora com uma chama prateada. Ele não era apenas homem. Nem apenas lobisomem. Era o elo. O escolhido.
Seus dedos tocaram os dela, e o contato bastou para que as brasas ao redor explodissem em labaredas negras. O altar tremeu. A terra estremeceu.
Os Oráculo