Vale de Zimorodok – Noite da Lua Vermelha. Quarto cerimonial das noivas
As paredes de pedra viva carregavam o frio da montanha, mas o quarto cerimonial era aquecido por brasas perfumadas e ervas secas, dispostas em tigelas de cobre que lançavam uma fumaça azulada no ar.
Cortinas de linho escuro se agitavam suavemente com o vento que entrava pelas fendas das janelas altas. Lá fora, a lua, agora tingida de um vermelho profundo, subia no céu como um presságio.
Susan estava de pé diante de um espelho antigo, vestida com um robe cerimonial feito de camadas finas e translúcidas de linho negro e prateado. Seus cabelos estavam soltos, levemente ondulados, adornados com pequenas penas negras e fios de prata.
A marca de nascença em sua costela, normalmente discreta, estava em brasa. Como se algo dentro dela estivesse acordando.
Atrás dela, as três empregadas que a acompanhavam desde sua chegada à Mansão Rurik — Ekaterina, Tânia e Lena. — Faziam os últimos ajustes no traje cerimonial.
Embora