Dmitry subiu as escadas com passos silenciosos, mas pesados, como se cada degrau fosse uma sentença que ele mesmo tivesse que cumprir. O corredor estava escuro, exceto pela luz fraca que escapava pela fresta da porta do quarto em que Susan ficava antes.
Ele parou diante da porta, fechando os olhos por um segundo, respirando fundo.
“Vai.” O Lycan rugiu dentro dele, impaciente. “Antes que seja tarde.”
Dmitry fechou a mão em punho, lutando contra o medo. O mesmo medo que sempre o impedia de se mostrar por completo.
“Ela já sabe quem você é. Já viu quem somos. E ainda tá aí, do outro lado. Só falta você.”
Ele bateu levemente na porta, com a mão hesitante.
Silêncio.
Por um instante, pensou em ir embora, mas então a ouviu:
— Pode entrar…
A voz dela estava rouca, abafada, como quem passou o dia inteiro tentando não chorar… E falhou.
Dmitry abriu a porta devagar.
Susan estava sentada na beira da cama, com os joelhos abraçados contra o peito, vestindo uma camiseta larga, e com os olhos fixos n