O céu sobre Costa da Lua refletia um dourado frio quando o jato tocou a pista. O barulho dos motores diminuía, mas Bryan sabia que o verdadeiro silêncio ainda estava longe.
A Guerra nunca deixava ninguém realmente quieto por dentro.
Ele desceu primeiro, os olhos atentos varrendo a pista tomada por luzes e pelo movimento frenético dos médicos curandeiros. Mas seu foco não estava neles.
Estava atrás dele.
Mia.
Ele sentiu antes de vê-la descer, o cansaço dela batendo contra o peito dele através do vínculo. Um peso abafado, quente, insistente.
Mesmo alerta, ela estava exausta.
Quando ela surgiu na porta do jato, Bryan travou.
Havia fuligem no canto dos olhos dela.
Sangue seco entre os dedos.
E aquele cheiro de batalha impregnado na pele.
Bones se agitou dentro dele, um rugido grave percorrendo suas veias:
“Deveríamos ter protegido ela.
Ela nunca deveria sangrar.
Nunca.”
Bryan deu um passo para trás.
Depois outro.
E então estendeu a mão.
— Amor… — sua voz saiu baixa, densa, carregada. — Ve