“Mia…”
O som cortou o silêncio da madrugada como uma faca afiada.
Baixo. Rouco. Tão próximo que fez o coração dela acelerar.
O corpo de Mia se moveu sob os lençóis, os músculos reagindo antes da mente entender.
O quarto estava mergulhado em penumbra, iluminado apenas pela lua cheia, que se derramava pelas cortinas brancas como véus translúcidos.
O ar tinha cheiro de maresia e magia — denso, vibrante, quase elétrico.
Por um instante, ela acreditou que estava sonhando.
Mas a voz voltou.
“Luna…”
A palavra ecoou dentro dela como um toque de metal sobre gelo.
Era um som que não parecia vir do mundo dos vivos.
O arrepio começou na nuca e desceu pela espinha como uma corrente gelada.
Mia abriu os olhos, o coração martelando.
O corpo quente ao lado dela se moveu levemente.
Bryan dormia profundamente, o rosto relaxado, o peito subindo e descendo em ritmo calmo.
O Alfa parecia em paz, protegido por um sono pesado e merecido.
Mas o ar… não estava mais o mesmo.
Algo frio e antigo se infiltrava no