Alex estudou meu rosto por um longo momento, seus olhos escaneando cada micro expressão de medo que eu não conseguia esconder. Quando finalmente falou, sua voz era um fio de seda envenenado, cortando o silêncio tenso do quarto.
— A partir de agora, quero ouvir sua voz, Luna — ele disse, e cada palavra soou como uma sentença. — A voz de uma traidora. Você mentiu para mim. Enganou-me por um ano inteiro. — Ele fez uma pausa calculada, permitindo que o peso de suas palavras afundasse. — E ninguém que me engana dessa forma fica impune.
O coração batia tão forte no meu peito que eu temia que ele pudesse ouvir. O medo se transformou em uma fagulha de raiva, alimentada pelo desespero.
— O que você pretende fazer comigo? — minha voz saiu trêmula, mas carregada de um desafio que surpreendeu até a mim mesma. — Se pretende me machucar, por que não me deixou morrer, seu monstro?
Ele sorriu novamente – um daqueles sorrisos novos, perigosos, que eu nunca tinha visto durante todo o tempo em que t