(Alex narrando)
O cheiro de pólvora ainda impregnava minha garganta quando agarrei o corpo de Léo. Sangue escorria por entre os dedos dele, quente demais, rápido demais. Não pensei duas vezes: joguei o braço dele sobre meu ombro e o ergui, como se fosse uma pluma, o garoto era leve, mas nesse momento senti como se meu coração pesasse toneladas.
— Forza, ragazzo… — murmurei, apertando o maxilar. — Eu sei que você é forte, não vai morrer agora.
O caminho até a base médica parecia um inferno. Tiros ecoavam de todos os lados, e cada inimigo que ousava cruzar meu caminho caía sob o peso do meu gatilho. O estalo seco das balas era quase automático, mas, no fundo, cada disparo carregava uma promessa: ninguém mais tocaria nesse garoto.
— Aguenta firme, Léo! — gritei, mesmo sabendo que ele não podia responder. — Você não se sacrificou por mim à toa.
Um inimigo surgiu da sombra, faca em punho. Abaixei-me, ainda com Léo nos ombros, e atirei de lado sem hesitar. O corpo caiu sem sequer ter t