Nenhum dos dois percebeu que, mais uma vez, estavam de mãos dadas. Ellora se lembrava de tê-la segurado quando falava sobre o pai, mas não sabia ao certo quando largara. Seus dedos entrelaçados acariciavam a pele um do outro, e, com o corpo mais perto de Max, não eram só as mãos em contato.
Ao olhar para as unhas pintadas e arredondadas, Ellora notou o quanto suas mãos eram pequenas perto das dele. A tatuagem discreta no indicador de sua mão direita se destacava.
— Uma verdadeira família de brasileiros, então? – Max perguntou.
Ellora sorriu orgulhosa, concordando.
— Agora entendi tudo. Isso faz sentido. Toda essa energia, esse jeito… Você é linda, tem algo bem diferente em você… – Ele não sabia como expressar aquilo sem parecer piegas ou um pouco conquistador, mas o sentimento estava ali, claro.
Eles se encararam por um momento, tentando entender a linha de raciocínio um do outro.
— Desculpe, isso foi totalmente sem sentido, né? – Max se atrapalhou, ficando um pouco sem graça.