● Aneliese Moore ●
Respiro fundo, inalando o ar perfumado da galeria de artes, onde o aroma sutil de verniz fresco se mistura ao cheiro elegante de perfumes caros e ao leve toque de champanhe derramado em taças de cristal. O salão amplo, com suas paredes brancas imaculadas adornadas por molduras douradas e holofotes suaves que destacam cada traço das obras expostas, pulsa com a energia refinada de um leilão beneficente. Ao nosso redor, homens e mulheres da alta sociedade circulam com graça, vestindo ternos sob medida e vestidos de grife que sussurram contra o piso de mármore polido. O murmúrio constante de conversas educadas é pontuado pelo som ritmado do martelo do leiloeiro ecoando contra o teto alto, abobadado, decorado com lustres de cristal que lançam prismas de luz dançantes sobre a multidão. Encarando minha melhor amiga, que observa o ambiente ao nosso redor como quem está buscando por algo importante — talvez um olhar promissor ou uma aliança reluzente em um dedo anelar —, eu