Capítulo 41

A luz que entra pelas frestas da cortina é suave, mas suficiente para me fazer franzir o rosto e murmurar um palavrão em silêncio. A dor de cabeça pulsa com força, como se meu cérebro tentasse me punir pelos erros da noite anterior. Instintivamente, levo a mão à testa e respiro fundo, buscando alguma estabilidade.

Não estou no meu quarto.

O teto é alto. As paredes, cinza-chumbo. O lençol tem um toque acetinado e um cheiro amadeirado familiar que faz meu estômago revirar — de prazer e arrependimento. Reconheço aquele espaço antes mesmo de confirmar com os olhos: o apartamento dele. Claro.

Viro lentamente o rosto para o lado e lá está.

Misa.

De bruços, corpo largo, músculos definidos sob a pele bronzeada. Os lençóis bagunçados revelam parte da bunda, perfeitamente desenhada, como se o universo insistisse em me lembrar o quão fisicamente perfeito ele é. E o quão malditamente tóxico também.

“Por que você tem que ser tão irresistível?”, penso, com a garganta seca e um gosto amargo de culpa
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