O paletó do terno jogado sobre o ombro, a camisa branca amarrotada nas mangas e meio aberta no colarinho, revelando parte do peito. As veias no pescoço saltadas, o rosto mais suado que o normal.
Ele parecia uma maldição em forma de homem.
Cabelo bagunçado, olhos de gelo — e uma raiva contida que queimava só de olhar.
— Com quem? — provoco, sem conseguir evitar o sorriso torto. Um veneno antigo escorrendo da minha boca.
— Não me testa. — ele rosna. E então, como um animal que fareja território, agarra meu braço com força.
— Me solta! — cambaleio, o salto falha. O aperto dói. Mas é o olhar dele que me arde mais.
— Qual o seu problema?! — minha voz falha. Ele me arrasta até perto do carro, a respiração ofegante, o maxilar tenso.
— Vários! — ele cospe. — Começando por te ver assim... desse jeito.
— Eu sou maior de idade. Eu posso. — tento me firmar, mas o mundo gira e ele gira comigo.
— Não teria problema se você não estivesse fodasticamente gostosa nesse vestido. — Ele me varre com os ol