Três dias já tinham se passado desde o caos. O Jones continuava no hospital, na UTI, rodeado por máquinas que apitavam num compasso que eu não conseguia decifrar. Os médicos falavam baixo e sem promessas; a Emma e o Math montaram vigília: revezavam entre os bancos duros da sala de espera e o corredor gelado do andar. O Math só vinha em casa para um banho rápido, um cochilo quebrado e uns minutos com as crianças. Eu não toquei no assunto do pedido de casamento — o que a Llote soltou pra mim ficou guardado no peito. Ele andava abatido demais; cutucar isso agora seria crueldade.
Meu pai colocou dois seguranças na porta e um terceiro no portão. Desde aquela noite, ninguém sai sozinho. A casa, que sempre foi barulhenta, se ajeitou num silêncio vigiado. A Llote tirou folga do trabalho e ficou comigo, revezando mamadeiras, inalações e cochilos com os gêmeos. A Abi… sumiu. Seis dias sem sinal, celular fora da área. Liguei para a agência, esbarrei naqueles “infelizmente não podemos fornecer o