— Se você não sair, eu vou chamar a segurança.
— Ah, chama. — Cruzei as pernas. — Eu não vim brigar, mas você não está me dando outra opção. Eu quero saber por que ela sumiu. Se aconteceu alguma coisa, eu vou ajudar. Se é família, saúde, o que for. Eu confiei a vida dos meus filhos a ela.
O Aidem desviou o olhar para o vidro. A fachada dos prédios do lado de fora refletia o céu de março, pálido.
— Eu não posso falar — ele cedeu, por fim. — Eu não quero colocar ela em risco.
— Em risco do quê?
— Ela tá sendo ameaçada.
— Pelo Antony?
— Não. — Ele fez uma careta curta.
— Por quem, então?
— Eu não devia abrir a boca… — Ele suspirou. — É melhor ela te contar.
Levantou, pegou o paletó do encosto e fez um gesto para que a gente o seguisse. No corredor, ele avaliou o Tom de cima a baixo.
— É segurança?
— Depois do que saiu nos jornais, meu pai achou prudente. — respondi.
— Eu faria o mesmo. — Ele apertou o botão do elevador. — Conseguiram a preventiva deles?
— Ainda estamos depondo. — Olhei