Mundo ficciónIniciar sesiónPONTO DE VISTA DE CELINE:
"Ahhhh," gritei, um som rouco carregado de vergonha e fúria.
"Que humilhação! Como pude ser tão barata... tão descuidada, com um homem que eu nem conhecia?" Não consegui conter o choro, batendo com a palma da mão na cômoda de mogno.
Eu me entreguei a um completo desconhecido.
Andando de um lado para o outro, assustada e furiosa, tentei pensar no que fazer. Por que ele foi embora sem se despedir? E se ele tivesse algum problema de saúde? Ou pior, fosse um playboy irresponsável.
"Que idiota! Depois de se aproveitar de mim? Por que eu fui tão burra?", me perguntei, desmoronando completamente, com lágrimas escorrendo pelo meu rosto.
O toque do meu celular no criado-mudo interrompeu meu colapso mental. Corri até ele, mas franzi a testa ao ver o número no identificador de chamadas.
"O que houve, Christian?" Perguntei, tentando controlar minha voz para parecer o mais calma possível.
"A paciente rica que você operou já acordou e exige vê-la imediatamente!" disse Christian, quase como se estivesse em pânico. Sua voz soltou um suspiro de alívio após transmitir a mensagem.
"E para que ela precisa de mim? Ou você não recebeu o memorando de que fui demitida!" perguntei, enquanto me apressava em busca do meu vestido e sapatos.
"Não sei, só venha imediatamente antes que ela faça um escândalo!" respondeu Christian, hesitante, antes de desligar.
"Droga!"
Eu estava oficialmente demitida, mas uma paciente rica e exigente não podia ser ignorada. Finalmente encontrei minhas roupas, mas estavam em farrapos.
"O quê?! Aquele homem é um animal?" não pude deixar de perguntar, enquanto agarrava os restos rasgados da minha roupa em choque.
"O quê?! Aquele homem é um animal?" não pude deixar de perguntar, enquanto agarrava os restos rasgados da minha roupa em choque. Resmunguei e rapidamente encomendei um vestido floral online de uma pequena empresária, com entrega imediata em domicílio.
Decidi tomar um banho, mas logo notei uma caixa embalada com um cheque de vinte milhões de dólares em cima.
Ajoelhei-me ao lado e abri a caixa. Dentro, havia um vestido justo rosa claro recém-comprado, lingerie de luxo, maquiagem e produtos de higiene pessoal. Tudo exatamente do meu tamanho.
Senti-me desanimada, caída no chão. "Nossa... quão rica é a minha aventura de uma noite?"
Vi uma carta na caixa que dizia:
"Peço desculpas pelo estado do seu vestido. Você não é nada mal para uma iniciante na cama. Vinte milhões devem cobrir qualquer inconveniente. Não! Eu não te forcei. Você consentiu."
"Aquele idiota... Ele acha que eu sou uma garota de programa?" Gritei, rasgando a carta em pedaços.
Ele não ia ter vida fácil comigo. Sou a última vítima dele e vou garantir isso.
Depois de me vestir, tentei pegar minha bolsa e notei outro maço de dinheiro ao lado do abajur.
Dei uma risadinha irônica. "Homens serão sempre homens... Colocar um preço na minha virgindade?... Veremos."
Depois de uma hora de viagem, acompanhada de minhas intermináveis discussões e reclamações, o taxista finalmente me deixou no hospital, partindo imediatamente.
Corri para dentro do hospital. "Fui demitida, Christian, eu não deveria estar aqui."
"Só vai, ela está tendo uma parada cardíaca." Ele respondeu ansiosamente: "Eu fico de olho, ninguém vai perceber."
Assenti com a cabeça e corri para o vestiário, saindo de lá já com meu uniforme médico antes de entrar na enfermaria.
Ao presenciar a parada cardíaca, assumi o controle imediatamente, usando minhas habilidades apesar do risco de ser descoberto.
Após reanimar o paciente com sucesso, saí para me trocar, mas ao retornar, encontrei uma jovem, provavelmente na casa dos vinte anos, tranquilizando o paciente com palavras suaves.
"O cirurgião chegou", informou a jovem.
"Olá, meu nome é Tessy", disse ela com um largo sorriso e o braço estendido. Seu sorriso era tão caloroso que me desconcertou.
"É um prazer conhecê-la. E você é...?", perguntei, intrigado.
A energia de Tessy me chamou a atenção. Ela tinha um charme feminino que era impossível não notar.
"Sou sobrinha dela", respondeu, indo em direção à porta, sem me dar mais um minuto. Ela saiu como se pressentisse minha insegurança.
"Ah, agora entendi por que vocês me parecem familiares", sussurrei, procurando o pulso do paciente, mas ela imediatamente segurou o braço.
"Meu... meu... nome é... Doris", a paciente mal conseguiu dizer.
"Certo, senhora. Eu sei", respondi, ajeitando-a na cama.
"Pode me chamar de mãe", disse ela com um leve sorriso que chegava aos olhos.
"Certo, mãe, eu sou Celine", concordei.
"Preciso da sua ajuda, Celine", pediu Doris, com os olhos suplicantes. "Quero que você se case com meu filho."
"O quê?!"
Doris continuou: "Sou a Sra. Ken, esposa do multibilionário Sr. Joel Ken." Ela hesitou: "O nome do meu filho é Darius Ken."
Arfei. Darius Ken... O Casanova frívolo, o bilionário frio e distante que já fez tantas mulheres se despedaçarem depois de usá-las e rejeitá-las.
"Não posso... Ele não faz meu tipo de homem", respondi secamente.
Linhas de desaprovação se formaram imediatamente em sua testa. — Bem, quem melhor para ele do que alguém que é claramente impecável em maneiras e tem princípios sólidos, mas não tem dinheiro? Você o elogia, já que existe um ditado que diz que os opostos se atraem — respondeu Doris.
— Mas sabe, se você quiser ir pelo caminho mais difícil, posso simplesmente processá-la por negligência grave na minha empresa, motivo pelo qual você acabou de ser demitida. Talvez seus princípios possam servir de cobertor na rua — disse Doris, com um sorriso irônico.







