Aylla ficou em silêncio. O coração disparado, o sangue borbulhando de raiva e confusão. Ele sabia desde o início que era ela. Desde o momento em que cruzaram os olhos naquela piscina. Mesmo assim, agiu como um cachorro no cio com a outra mulher. Ela preferiu calar, mas Ayron não parecia se dar por vencido.
Debaixo da água, sua mão escorregou até a barriga dela, num toque quente que contrastava com o frio que começava a crescer dentro do peito de Aylla. Ela tentou sair, mas ele a segurou e a puxou para um abraço por trás, a voz baixa em seu ouvido.
— Então você não vai me responder, Aylla? Ou já se esqueceu de mim?
— Cala a boca e tira essas mãos sujas de mim.
Mas ele ignorou. Continuou acariciando sua barriga, e a mão desceu, roçando o biquíni dela com a mesma ousadia de sempre. Aylla permaneceu parada, mas cada lugar onde ele tocava parecia pegar fogo. Os dedos deslizaram, e ele sussurrou, cheio de veneno:
— Sabe, Aylla... eu ainda me lembro daquela noite.
Ela não sabia o que d