Cheguei em casa sentindo o peso dos últimos acontecimentos sobre meus ombros. O silêncio nos corredores me pareceu estranho, mas ignorei. Deveria estar acostumado. Caminhei pelos cômodos procurando por Angeline, mas ela não estava lá.
— Onde está Angeline? — perguntei a um dos soldados na entrada.
— Saiu, senhor. Foi ao shopping. — respondeu ele, sem hesitação.
Assenti, afastando a leve irritação que subia pela minha garganta. Deixei passar. Ela precisava de espaço, e eu tinha outras preocupações.
(…)
As horas foram se acumulando, e o incômodo que antes era apenas uma fagulha se transformou em um incêndio.
Peguei o telefone e liguei para um dos soldados que a acompanhava. Nenhuma resposta. Depois para outro. Silêncio.
O gelo percorreu minha espinha. Algo estava errado.
Antes que eu pudesse agir, um dos meus soldados entrou apressado pela porta. Seu rosto estava sujo de poeira e sangue seco manchava sua camisa. Mas o que realmente me fez parar foi o fato de que ele era um dos homens qu