As chaves tilintaram na minha mão enquanto eu subia as escadas estreitas do prédio antigo, tentando equilibrar uma mala que parecia mais pesada do que a minha própria ansiedade. Era isso. Londres. Minha nova casa pelos próximos anos.
O ar estava frio, com aquele cheiro de chuva que parece acompanhar a cidade em todas as estações. Meu coração batia rápido, não apenas pelo esforço de carregar a mala, mas pela consciência de que tudo estava começando. Aos vinte e um anos, pela primeira vez, eu estava completamente sozinha.
Bem-vinda ao seu próprio capítulo, Giulia Duarte.
Quando a porta do apartamento finalmente cedeu ao giro da chave, soltei um suspiro que eu nem sabia que estava prendendo. O espaço era pequeno, mas encantador. Um estúdio com paredes brancas, janelas grandes e uma cozinha compacta. Havia caixas empilhadas no canto, uma cama desmontada e o cheiro de madeira nova no ar.
Deixei a mala no chão com um thump e me aproximei da janela. A vista era de uma rua tranquila, com árvo