Acordei com a mesma pontada no peito, a mesma sensação de vazio que me acompanhava desde o pesadelo que não era pesadelo. A perda do meu bebê ainda ecoava em mim, um grito silencioso que só eu conseguia ouvir. A cama de hospital, fria e impessoal, era o meu palco de sofrimento. Olhava para o teto branco, esperando que ele me desse alguma resposta, alguma explicação para a dor que me dilacerava. Meu ventre, antes abrigado por uma vida que eu tanto esperava, agora era uma ferida aberta, uma lembrança constante da minha tragédia.
E a Ivy? A minha irmã, a suposta causadora de toda essa dor. A culpa me corroía por dentro. O que eu fiz para merecer isso? Sempre fui uma boa irmã, sempre a tentei ajudar, sempre a apoiei. Mas ela tinha uma sede insaciável, uma inveja doentia que a consumia. Tudo o que eu tinha, por menor que fosse, ela queria para si. As pessoas que eu amava, os momentos de felicidade, tudo era roubado por ela, como se a minha existência fosse uma ameaça constante à