A consulta médica estava marcada para hoje. Tomei um banho demorado, escolhi um vestido rodado que me deixava confortável e, ao mesmo tempo, me fazia sentir bonita. Não pediria a Jhon que me levasse; nossa relação estava abalada, fria, e a última coisa que eu queria era um confronto naquele dia tão importante. Peguei um táxi e segui para o hospital, o coração palpitando em uma mistura de ansiedade e expectativa.
A doutora foi atenciosa e gentil, transmitindo uma calma que me acalmou. A imagem da minha bebê no monitor, pequena e delicada, com o coração batendo forte e ritmado, foi um momento mágico. Ver aquele pontinho de vida, tão frágil e pleno de potencial, me encheu de uma paz profunda, um sentimento de conexão inefável. As lágrimas, porém, vieram quando a médica perguntou, com a mais pura inocência:
__“E o papai da bebê não pôde vir?”
A pergunta, simples em sua essência, foi como uma fagulha em um barril de pólvora. Todas as emoções reprimidas, a angústia, a solidão, a frus