Emma chegou tarde, sozinha.
__"Onde você estava?", perguntei, a irritação me sufocando.
__"No hospital, fiz uma consulta", respondeu ela, calma. Aquele "calma" me irritou ainda mais. Eu queria ter ido com ela, ter acompanhado.
__ "Por que não me falou?", reclamei. Ela me olhou, aquele olhar que me conhece tão bem, e disse:
__"Você nem estava me olhando direito. Por que eu teria que te contar?". Ela tinha razão. Nos últimos dias, eu a tinha evitado, propositalmente. Quanto mais perto, mais difícil seria esquecê-la. Mas o meu coração, teimoso, a mantinha ali, presente em cada lembrança, em cada batida. Tentei dormir, mas o peso das lembranças, o peso dela, era demais. Emma estava em todos os cantos da minha mente, e eu sabia que ia demorar muito para ela sair de lá.
katy tentou várias vezes me convencer a conversar com Emma, mas eu estava teimoso. Ignorar era mais fácil, embora soubesse que estava errado. Me arrumei para ir à empresa, mas antes preparei café, omelete e fr