Melissa Menezes
O gosto dele ainda estava na minha boca, quando percebi que já era tarde demais para pensar em recuar.
O beijo tinha começado antes que eu pudesse raciocinar, e agora… agora era como se todo o meu corpo tivesse decidido ignorar qualquer senso de autopreservação. Isso era uma armadilha. Eu sabia. Uma armadilha para mim mesma. Mas, ao mesmo tempo, há muito tempo eu não me sentia atraída por um homem assim. Não tanto quanto por Draiton.
A boca dele era quente, exigente, mas não bruta. Só o bastante para me fazer esquecer o que vinha depois. Minhas mãos, sem perceber, já tinham se agarrado ao pescoço dele, e quando a língua dele roçou na minha, perdi completamente o fio de qualquer raciocínio.
A língua dele sugava, chupava, não apenas meus lábios, mais parecia que Draiton queria sentir cada gotinha do meu sabor através da saliva.
O sol queimava. Literalmente queimava. A pele ardia sob aquele sol da moléstia, e ainda assim eu não conseguia largar dele. Era como se o calor