Melissa Menezes
Depois daquilo, eu pensei que ele fosse relaxar. Mas não, claro que não. Draiton não parecia ser o tipo que simplesmente deitava e dormia. Ele decidiu pescar. Sim, pescar, no meio do nada, naquele iate absurdo de luxuoso, como se fosse a coisa mais natural do mundo.
Eu fiquei deitada, ainda tentando recuperar o fôlego, quando ouvi o barulho dele mexendo nos equipamentos. Levantei só para ver. O sol já começava a descer, dourando o mar com aquela cor de filme, e lá estava ele, só de short tactel, novamente, concentrado, como se aquilo fosse a sua missão de vida.
E não é que ele conseguiu? Puxou a linha com firmeza e de repente surgiu um peixe enorme, brilhando na luz laranja do entardecer. Depois descobri que era um robalo, um peixe típico dali, na Praia do Rosa. Eu ri sozinha quando percebi que ele olhou na minha direção, claramente esperando uma reação minha.
— Tá querendo me impressionar? — provoquei, de braços cruzados.
— Funcionou? — ele rebateu, erguendo