Sharon Belmont
Renzo era do tipo que fazia leitura dinâmica. Eu demoraria umas quatro horas para ler aquele processo com atenção, mas ele, em poucos minutos, já havia lido tudo e anotado vários tópicos em uma folha de ofício.
— E aí, Renzo, qual perigo eu corro? — Dante perguntou, impaciente.
— Bom, risco de perder a tutela do seu filho, é óbvio que tem. São os avós maternos dele que estão pleiteando. Mas dá para brigar e vencer.
— Isso é um absurdo! Faz um ano que a Isabel se foi, e eu vivo entre trabalhar e cuidar do meu filho! — desabafou Dante, indignado.
— O bom é que seus próprios sogros reconhecem sua dedicação — respondeu Renzo, apoiando o queixo sobre os dedos entrelaçados. — Ao mesmo tempo, dizem que o seu trabalho limita o tempo com o Nick.
— Estou com muita raiva e com muito medo. — Sentada na cadeira ao lado da de Dante, de frente para Renzo, eu via e ouvia toda a aflição do pai de Nick.
— Preciso lhe dizer que a técnica deles será, claramente, atacar você, Sharon.