Dante Menegaço
Realmente, eu não sabia o que tinha vindo fazer ali. Quando minha cunhada imaginou que o lugar onde a boa para bada estaria era justamente aquele, cheio de drogados, eu não deveria ter vindo. Aquilo parecia um puteiro a céu aberto, só fez aumentar minha ojeriza, meu nojo por essa mulher.
Com raiva, aguardei Laura no carro; por sorte, ela não demorou a voltar. Como já era de se imaginar, estava prestes a começar a arrumar desculpas para as ações dessa infeliz que atendia por nome de Sharon, porém, não deu tempo porque um homem bateu no vidro do motorista, o que a fez abaixá-lo.
— Boa noite. Vocês são amigos da Sharon? — perguntou, olhando para nós dois.
— Boa noite. Sim. — respondeu Laura. Eu me limitei a ficar calado, apenas esperando para saber onde aquele papo chegaria.
— Seria bom se a levassem com vocês. Sharon sempre foi doidinha, mas jamais a vi flertar com o perigo. Os caras que estão com ela são uma rapaziada maldosa, barra pesada.
— Tentamos trazê-la com a gen