Ava

Achei que o dia já tinha sido perfeito o suficiente.

Passeio de balão, piquenique, amor no meio das flores… Eu estava exausta e completamente em paz quando voltei pro quarto da pousada, já anoitecendo. Falei que ia tomar um banho rápido enquanto ele resolvia "uma coisinha". Quando perguntei o que era, ele só sorriu misterioso:

Gregório: "Você vai ver, minha mulher. Só me dá uma hora."

Uma hora. Achei exagerado. Mas confiei. Como sempre.

Fiquei no quarto, coloquei uma camisola de cetim bem leve, azul clara, penteei os cabelos, respirei fundo. Senti um friozinho no estômago… de quem sabe que tá sendo amada de verdade. E que merece.

Então ouvi a batida na porta.

Gregório (do outro lado): “Vem comigo.”

Abri a porta. Ele estava de terno. Um terno preto elegante, sem gravata, a camisa branca meio aberta no peito, os cabelos perfeitamente bagunçados. E um sorriso que... bom, o sorriso dele já me causava calor demais.

Ele estendeu a mão.

E eu peguei.

Descemos por um caminho de pedras até