Acordei antes do sol nascer. Ainda não eram seis horas da manhã. Estranhei de cara: havia peso sobre mim. Abri os olhos devagar e senti… pernas. Pernas grossas jogadas por cima das minhas, um braço me abraçando firme, a cabeça repousando no meu peito.

Olhei para baixo e tive a visão mais inusitada da minha vida: Aimée, completamente entregue ao sono, ressonando baixinho, vestida com aquele maldito pijamão da Batgirl. A pantufa ainda estava nos pés dela, caída de lado no lençol, e o camisetão tinha subido um pouco durante a noite, revelando parte da coxa dela que me atravessou feito um choque.

Mas o golpe final… ah, o golpe final me fez explodir numa gargalhada abafada.

A calcinha dela. Não era só o pijama e a pantufa — até a calcinha era da Batgirl.

— Eu não acredito — sussurrei, rindo cada vez mais forte, até tremer a cama. — Até a sua calcinha é da Batgirl!

Ela se mexeu sonolenta, abriu os olhos semicerrados e me encarou com cara de poucos a