####A CAPUCHINHO VERMELHO

Quando Aimée lançou o buquê, foi um gesto teatral: ela ergueu o braço, fez cara de conspiradora e, num sopro, atirou as flores para trás. No jardim, as convidadas correram como num filme pastelão; gritos, esbarrões, saltos — a coreografia usual de quem ainda sonha com sorteios do destino. Mas o lírio não cruzou a multidão: alguém o segurou com firmeza e uma surpresa tomou conta do círculo.

Aimée virou-se devagar e encontrou a mãe, Mercedes, de pé, o buquê aconchegado aos braços como se fosse um troféu. Os olhos da filha se abriram, primeiro em choque, depois em riso genuíno.

— MAMÃE! — ela soltou, colocando as mãos na boca e correndo até a mãe para abraçá-la. — MAMÃE, VOCÊ PEGOU O BUQUÊ?

Mercedes sorriu, corada de emoção. Antes que Aimée pudesse enfiar a língua na bochecha da mãe, um outro olhar atravessou a cena: o do gerente da Almarte, parado ali ao lado, observando com aquele sorrisinho calculado, de quem comeu muitas pêras e ainda quer mais. O sorriso
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