O médico ajustou o equipamento com delicadeza e apertou alguns botões no painel. A imagem tremida da tela se estabilizou devagar, revelando contornos mais nítidos, movimentos suaves. O som do coraçãozinho ainda pulsava forte, constante. Mas então, uma nova imagem surgiu.
— Olhem... — disse o médico, com um sorriso calmo. — Hoje vamos conseguir ver o rostinho dele.Ashley prendeu a respiração. A avó apertou mais forte sua mão.A tela mostrou o perfil. Primeiro de leve, depois com mais clareza. O bebê mexeu a cabecinha, como se estivesse se ajeitando pra ser visto. E então ela viu. O nariz fino. A curva suave do queixo. E algo que parecia… uma covinha. No mesmo lugar onde, nos sonhos, Philippe sorria pra ela.Ela levou a mão livre à boca e começou a chorar, os olhos arregalados de emoção.— Vó… é ele. — sussurrou entre soluços. — Ele tem o rosto do Phil. Ele tem o rosto do pai…A avó, com os olhos marejados, assentiu em silêncio. A