MATTEO MANCINI
Um mês se arrastou, cada dia era uma batalha travada, um esforço para evitar qualquer encontro que não fosse extremamente necessário com Alexia. No ambiente meticulosamente controlado da Mancini Starlight, eu me movia como um predador, calculando cada passo, cada reunião, cada pausa para o café, tudo para manter a maior distância possível dela. No entanto, a garota parecia possuir um sexto sentido, um radar apurado para meus horários e os locais que eu frequentava. Era quase como se ela se deleitasse em minha evidente repulsa, um jogo perverso de gato e rato onde eu, o suposto predador, sentia-me estranhamente caçado. E hoje, no ambiente requintado de um restaurante exclusivo, um dos meus refúgios habituais onde a discrição e a excelência eram lei, onde eu almoçava com alguns sócios importantes para fechar os últimos detalhes de uma campanha multimilionária, lá estava ela. Não em uma mesa discreta ao fundo, mas bem ali, em uma mesa central, iluminada pelos raios de sol