Capítulo XI: Passado não ignorado

A claridade bruxuleante das velas incomodava seus olhos, tinha em mão uma pena e a tinta intocada ao lado. Estava sem sono, diferente do que dissera a Sirius há meia hora quando deixou o banquete. Uma certa paz a envolveu, satisfação por ele e Argus terem dado um passo importante. Outra parte dela, contudo, mantinha seu ânimo baixo e lhe privava o sono.

Tinha costume de escrever no caderninho de capa dura que ganhara do irmão anos antes, porém sua imaginação não estava ativa o suficiente para redigir nem uma receita de bolo de cenoura, algo que Dinah fez questão de ensiná-la quando era criança. Mesmo assim, tentava espremer qualquer coisa da sua infértil mente.

Mergulhou a ponta metálica e cintilante na tinta, pensando na primeira palavra de uma possível história ou conto que ainda não existia na sua cabeça. Um calafrio a atravessou de s&u

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