Brandon Willians
Eu não era idiota.
Podia parecer distraído às vezes, até submisso diante das exigências do meu pai ou da expectativa social que recaía sobre meu sobrenome, mas eu sabia quando algo estava errado. E, ultimamente, havia algo de podre crescendo dentro da nossa casa.
Começou com olhares.
Stella me evitava com mais frequência. Não eram apenas recusas disfarçadas em carícias mecânicas, mas uma distância emocional real, um tipo de silêncio que gritava mais do que qualquer discussão. E meu pai... Bem, meu pai olhava para ela como se estivesse tentando se convencer de que não sentia nada.
Mas sentia.
Eu via. Eu percebia.
Não era só paranoia. Era instinto. E eu precisava de provas.
Numa manhã qualquer, como essas em que o mundo parecia funcionar como sempre, foi que as peças começaram a cair. Meu pai tinha nos chamado para conversar sobre algo relacionado a empresa, mas quando chegamos onde ele estava, tudo o que me deu foi uma tarefa a cumprir. Era sempre assim.
Peguei o que