Dominic Willians
Eu não devia ter bebido o primeiro copo de uísque.
Foi só um. Depois dois. Depois quatro. Agora eu já não sabia mais o número exato. O gosto amargo na boca já não importava. O fogo que descia pela garganta parecia o único capaz de me manter consciente, de alguma forma, me impedindo de gritar, de quebrar alguma coisa, de ir até aquele hotel maldito e arrancar Stella de lá.
Mas eu não fiz nada disso.
Fiquei aqui. No sofá. De camisa meio desabotoada, com a garrafa aberta sobre a mesa de centro, o celular jogado longe e o peito... o peito doendo como se tivessem enfiado uma barra de ferro quente entre as costelas.
Ela se casou.
Casou-se com meu filho.
Mesmo depois de tudo, depois da forma como ela me olhou, depois do jeito como deitou ao meu lado naquela noite, depois da ligação que fiz ao pai dela, achando que isso significaria alguma coisa.
Ilusão minha. Talvez eu tenha lido errado. Ou talvez... talvez ela estivesse apenas tentando ser forte, resistir. Pelo pou