Dominic Willians
Se alguém me dissesse que, em menos de uma semana, eu estaria pensando em Stella Hayes mais do que em qualquer outra coisa na minha vida, eu teria rido. Um riso curto, cínico. Como se isso fosse possível. Como se qualquer mulher pudesse ocupar esse tipo de espaço na minha mente depois de tudo que já vivi.
Mas ali estava eu, dirigindo pela cidade, sem conseguir tirar da cabeça a imagem dela dormindo ao meu lado. E, pior ainda: acordando depois, envergonhada, insegura, com as bochechas coradas e o pijama amarrotado.
Eu devia ter ido embora assim que o sol começou a nascer. Antes que ela acordasse. Eu sabia que seria melhor deixá-la descansar e sumir dali antes que as coisas se tornassem mais difíceis de administrar. Mas fiquei. Fiquei tempo demais olhando o jeito como ela se aconchegava, como se aquele colchão fosse tudo o que ela precisava. Como se eu fosse tudo o que ela precisava.
O problema é que, quando ela estava perto, tudo parecia perder o peso. As barreiras