A mansão de Helena erguia-se no Bridle Path como um palácio moderno, orgulhosa em meio às árvores nuas do inverno. Os portões de ferro trabalhado abriram-se lentamente, e o carro que trazia Bianca deslizou pela alameda até a entrada principal. Cada pedra no caminho parecia brilhar sob a geada da manhã, lembrando-lhe que estava prestes a entrar em um mundo ao qual não pertencia.
Helena aguardava na soleira da porta, impecável como sempre. O vestido perolado caía com leveza, e o coque bem preso lhe dava o ar de uma estátua viva. Ao lado dela, Lincoln, agora com quinze anos, exibia uma postura quase adulta. O primo a observou com educação, embora seus olhos deixassem escapar um brilho de curiosidade que não parecia exatamente acolhedor.
— Bianca — disse Helena, beijando-lhe as faces cumprindo o protocolo. — Como você cresceu.
Bianca sorriu, tímida, os dedos apertando a barra do casaco. Lúcia, logo atrás, ajeitou-lhe o capuz, protetora como sempre.
Alberto apareceu pouco depois. O terno e