Maurício esperou Clara chegar em sua casa para mostrar a prótese nova e falar das novidades. Estava totalmente empolgado, não só pelo reflexo da animação de Henrique, mas também porque seria pai em breve e cada dia seu retorno ao trabalho se aproximava mais.
Quando Clara chegou, encontrou Maurício sorridente e bem disposto.
— Gata, vem cá. Quero tentar uma coisa.
Ele ficou em pé, de costas para o sofá, e pediu para que Clara ficasse à frente dele, mas com o corpo lateralizado. Então, se abaixou, pediu para que ela colocasse o braço em seu pescoço e se segurasse. Dobrou os joelhos, apoiou os braços e a levantou no colo.
Clara deu risada com o susto.
— Fiquei aqui no sofá porque, se tudo desse errado, a gente caía sentado. Mas parece que deu certo. Vou conseguir te carregar na nossa noite de núpcias.
— Pode me colocar no chão agora, grandão.
— Não. Fica aí um pouco. Você viu que não precisei travar o joelho? É muito legal.
— Sim. Notei seu caminhar mais fluído, m