O salão principal estava em silêncio quando as portas se abriram.
O eco dos passos de Kael soava como trovão entre as colunas de pedra.
Atrás dele, Helena caminhava, pálida, mas ereta.
No ombro, o selo prateado brilhava com uma luz que parecia viva — e perigosa.
O Conselho inteiro já os esperava.
Sigrid de pé, o olhar gelado; Maelor com o punho cerrado; Halv rezando em voz baixa.
Erynn estava no centro, entre eles, o cajado cravado no chão, as linhas da madeira pulsando em luz azul.
Quando Kael e Helena pararam diante do trono, o vento soprou pelas janelas e apagou as velas.
Ninguém ousou acender outra.
— O Alfa chama o Conselho — anunciou Ronan, a voz grave. — Para testemunhar o que está feito.
Maelor deu um passo à frente.
— Fizeste o impensável. Ligaste o sangue do Norte a uma estrangeira.
Helena respirou fundo, mantendo o olhar fixo nele.
— Não sou estrangeira quando sangro pelo mesmo chão.
Sigrid estreitou os olhos.
— Não sabes o que dizes, menina. O que corre em ti não é o gelo