Mundo de ficçãoIniciar sessãoNaquela manhã, o escritório do grupo Valli seguia no seu ritmo habitual; o som ritmado dos teclados, o zumbido distante da copiadora, passos apressados pelo corredor. Isadora trabalhava com a mesma naturalidade de sempre, e o ambiente parecia mais leve desde que não tinha notícias de Lívia. Nem de Luiz.
A última vez que o viu foi quando ele assinou o divórcio. Estava deplorável mesmo vestido com elegância; o cheiro de álcool se misturava ao perfume amadeirado, e a barba grande por fazer lhe dava um ar de abandono. Não implorou, não discutiu, sequer a olhou por mais de alguns segundos. Contra todas as expectativas, Isadora sentiu aquilo como uma fisgada silenciosa. Doeu. Foi como se, para ele, ela nunca tivesse significado o suficiente para merecer um pedido de perdão, ainda que tímido.Por outro lado, os dias de solteira estavam sendo surpreendentemente divertidos. Benício já não estava mais na cidade, é verdade, mas a ausência dele foi rapidamente preenchida. Théo






