Mundo de ficçãoIniciar sessãoNos dias que se seguiram, Luiz foi afundando. As janelas da L.S. Consultoria e Serviços Financeiros permaneciam abertas, como se alguém ainda fosse aparecer para cumprir expediente, mas as cadeiras estavam vazias, as luzes apagadas, os computadores desligados. Um silêncio sepulcral tomava conta da sala onde, até poucos meses antes, reuniões eram conduzidas com arrogância. O telefone já não tocava. Os irmãos idiotas, os únicos clientes que ainda restavam, haviam rompido o contrato depois de um erro contábil que ele, Luiz, até corrigira. Mas não importava. A confiança tinha ruído. Tudo ruíra.
Foi Leonardo quem o ajudou a esvaziar a sala. Despiram as paredes das últimas planilhas coladas com fita, empilharam as caixas com pastas fiscais, e Luiz apagou a luz pela última vez com ódio latejando nos olhos. O fechamento da empresa foi feito num cartório qualquer, sem despedidas ou comunicados. Encerrado. Fim. O orgulho havia sido engolido por uma maré de fracassos. Luiz queri






