Mundo de ficçãoIniciar sessãoEntraram no carro sem trocar mais do que um olhar. Michelangelo ligou o motor, pôs o cinto e arrancou, deixando o restaurante para trás.
O silêncio foi absoluto durante as duas horas seguintes. Ele não parecia apressado, nem tentava puxar conversa. Úrsula também não queria falar. Desligou o celular, evitando o incômodo das notificações e o trabalho de ter que recusar ligações ou ignorar mensagens que pudessem ser lidas na aba de pré-visualização. Queria que o mundo inteiro sumisse.Quando ele estacionou, ela demorou um segundo para reconhecer o lugar. A fachada estava mais moderna, a entrada reformada, novos acabamentos substituindo a rusticidade antiga. Mas assim que atravessou a porta, o cheiro a atingiu como um soco. O mesmo aroma amadeirado e um pouco doce, impossível de confundir. Uma lágrima escapou antes que pudesse contê-la.O sofá, apesar de reestofado, continuava sendo o mesmo. Foi ali que tudo começou. O primeiro






