Como Tessa não respondeu de imediato, Gendry a puxou com delicadeza, envolvendo-a nos braços de forma protetora enquanto a guiava até o sofá, sentindo a preocupação crescer a cada respiração trêmula que ela dava.
— Por favor, me conta. — Ele insistiu suavemente, com a voz baixa e acolhedora. — O que aconteceu?
Tessa hesitou por um breve instante, mas então desabou de vez.
Contou tudo: o encontro com o seu pai biológico, as mentiras horríveis que ele havia inventado sobre seus pais, e a verdade devastadora de que um dia ele tentou vendê-la.
No início, sua voz manteve-se firme, porém, à medida que as palavras saíam, foi se tornando crua, carregada pelas emoções que ela vinha reprimindo por tanto tempo.
Ao término de tudo, Gendry permaneceu imóvel e silencioso, tomado pelo atordoamento, e seus dedos se moveram de forma involuntária quando fechou os punhos sobre o colo.
— Meu Deus, Tessa… — Murmurou com a voz rouca, carregada por uma fúria contida, e inspirou fundo na tentativa de se acalm