No quarto de Tessa, Kris se encostou no batente da porta e ficou olhando a pequena figura na cama, notando a respiração calma e contínua que movia o peito sob o edredom rosa e fofo.
Momentos antes, ela o agarrara usando toda força, com as mãozinhas cravadas em sua camisa, implorando repetidas vezes que ele prometesse ser o seu papai, o único, e que jamais deixaria o homem mau levá-la embora.
Agora, ela dormia tranquila, com a expressão serena e leve, como se o peso dos medos tivesse desaparecido depois das promessas que ele lhe fizera.
O som de passos suaves atrás dele o arrancou dos pensamentos, e ele se virou, encontrando Thalassa parada na entrada, com um leve sorriso nos lábios.
— Está feito. — Disse ela, aproximando-se. — Aquele covarde está na cadeia.
— Ótimo. — Kris cerrou os dentes, sentindo uma onda de alívio percorrer-lhe o corpo, pois aquele canalha finalmente estava onde merecia, embora ainda houvesse algo que o deixava confuso.
— Por que agora? — Perguntou. — Você tinha pr