Com a decisão tomada, Kris desceu as escadas em passos pesados, com a fúria estampada no som seco de cada batida contra o chão.
Na sala de estar, Karen ainda chorava com a cabeça baixa de vergonha, enquanto Cynthia, Susan e Tyler a cobriam de insultos.
Kris não se deteve. Saiu de casa com as mãos trêmulas, entrou no carro e bateu a porta com força, sem ao menos olhar para trás.
Assim que girou a chave na ignição, partiu.
A estrada até a empresa de Henry passou diante dele em meio a uma névoa de ódio, com os nós dos dedos embranquecendo no volante.
Ao estacionar, permaneceu alguns instantes parado, fitando o prédio, que não era grande nem chegava perto de se comparar à sua própria empresa.
"Que ironia…" Pensou com amargura. Durante anos, Henry sempre precisara de ajuda, pedindo apoio financeiro tanto a ele quanto a Alden, e Kris havia perdoado a maior parte das dívidas em nome da "amizade".
Agora, tudo o que enxergava era como Henry o explorara, usando-o por dinheiro enquanto o apunhala