— É isso o que você pensa que eu quero de você? — ele pergunta, a voz rouca. — Que eu te comprei por sexo?
— Se não for, está agindo muito mal em demonstrar o contrário — ela rebate, sem hesitar.
Dante dá um passo para trás. Como se o impacto de suas palavras fosse físico. Sua respiração acelera, as palavras dela são como farpas. Mas o que mais dói é a convicção nos olhos dela.
— Você realmente acredita que seu corpo é tudo o que eu quero?
— E por qual outra razão manteria uma mercadoria em sua casa se não fosse para usa-la? — A resposta de Celina ecoa com firmeza, mesmo que por dentro esteja mata referir a si mesma como isso.
Mas a vida não é justa. É suja. A prova está em seu pescoço. E, se ela pode usar este policial contra o sistema em troca de alguns momentos íntimos, fará.
Mas ele ainda é suspeito de ser o cara que matou e sumiu com o corpo de sua mãe — sua consciência havia repetido muitas e muitas vezes. Sua razão tentando-a conversa de quão errado é isso.
Sua mente a leva pa