Dante observa a mulher escolhida pela deusa da lua se perder na névoa de seus próprios pensamentos, sem poder fazer nada. O silêncio na cama entre eles é pesado e opressor. Ela, sua companheira destinada, está ali, tão vulnerável, sem saber de tudo o que está por vir. Desde que a viu pela primeira vez, ela sempre se mostrou forte, com uma coragem que ele não imaginava encontrar em uma humana. Digna. Perfeita. Se não fosse humana, ela teria sido uma Velut Luna impecável.
Ele fecha os olhos por um momento, o peso da realidade esmaga sua mente. Ele queria não a ter conhecido, não ter sido tão vulnerável a ela. Mas o destino resolve tirar com a cara dele e mostrar que é sim possível dar mais sofrimento a um ser que não deveria sentir mais nada.
— Eu teria que te rejeitar de qualquer forma — ele diz em voz baixa, como se ela pudesse ouvi-lo, como se suas palavras pudessem atingir a consciência dela mesmo no sono profundo.
Nada iria alterar essa realidade, ainda mais se ele não tivesse