Dante pisa no saguão do cassino com a gravidade de quem carrega um mundo às costas. Os cheiros das pólvoras permeiam o ar, junto com o sangue de ambas as espécies.
Ele hesita por um segundo, olhando para Celina que caminha apenas alguns passos atrás de si.
Que Miguel não esteja fazendo nada imprudente — reza a deusa da lua.
— Mande-os para o alfa Dante — uma voz masculina ecoa por todo o ambiente, pois já havia perdido a conta de quantas vezes teve que limpar a barrado Genuíno Alfa diante as autoridades humanas.
Celina mantém o rosto neutro, mas o codinome “alfa” não passa desapercebido. Este é mais um dos cumplices do assassino de sua mãe.
— Diga que é uma cortesia minha — a voz continua.
— Sim, Genuíno — outra voz ecoa.
— Não precisa mandar recado, senhor Van Helsing — a voz de Dante soa levemente descontraída enquanto ele entra no local, sendo seguido por Celina e mais alguns polícias.
Seus olhos escuros varrem o ambiente como um scanner silencioso, registrando cada corpo inconscie